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novembro 30, 2010

Somente a mim

Eu chorava muito. Me lembro da maquiagem que havia feito estar completamente borrada. Meu peito implorava gritos, amor, coisas reais, coisas verdadeiras.
Eu queria tanto que tudo que me dizia fosse mentira! Você se esqueceu de todo o amor que me prometeu, de todas as promessas de nunca me abandonar.
- Quando o ser humano é fraco, o amor torna-se uma mentira. Vá, leve seu coração e não o traga nunca mais. Me abandone, e que seja pra sempre.
Foi a unica coisa que eu consegui te dizer em meio das lágrimas. Você, então, se foi. Meu peito se esmagou, desejou mais uma vez que eu gritasse pra você voltar, mas eu não obedeci.
Fiquei calada, sentindo que mesmo sofrendo, seria melhor.
Eu havia me tornado dependente de você, e não era algo necessário. Eu precisava saber viver sem alguém, viver por mim, viver comigo. Precisava lembrar que, há três anos atrás, antes de você aparecer, eu tinha amigos. Eu precisava de tudo isso pra enxergar que mesmo parecendo, eu não estava sozinha, vazia.
E foi então que, olhando você partir, eu percebi que não havia mais necessidade de tanto. Eu estava ali, comigo mesma, fazendo tudo dar certo, mesmo cometendo erros.
Eu perdi um motivo de sorrir pra aprender a sorrir sozinha.


Amanda Ferreira

novembro 29, 2010

someone, please.

 

Alguém ai do outro lado consegue me ver? Consegue me ouvir? Porque estou desesperado, sem luz, sem saídas, sem saber o que pensar. Eu preciso de alguma ajuda, mas tudo o que encontro só me faz cair mais e mais. Eu estou chegando ao fim, e não consigo subir. Por favor, alguém me traga a solução, eu preciso viver. Eu sinto como se tudo estivesse se desmoronando em cima de mim. Os telhados caem um a um, como se fossem um grande peso de consciência. Eu espero uma resposta, um sinal, mas o tempo só me mostra o que eu não quero ver. Cadê você? É tão triste. Mas não vamos correr atrás, não é? Começou tão cedo, assim como este início de fim que começamos a presenciar. E estamos nos perdendo. A corda é frágil e logo se arrebenta. E não é difícil de ver isso. E logo ali em frente vemos você e eu parados no fim, esperando para sermos queimados. É triste, é sim. E você já começa a deixar de fazer parte de mim. Você está ficando para trás, e eu, continuo seguindo em frente tão só. Sua imagem vai ficando opaca, você vai desaparecendo. Desaparecendo de mim. E as lembranças me vêm como um tiro, e me acertam em cheio. Eu estou perdido, quero voltar ao começo, mas não encontro portas. Eu quero sair disto aqui! Por favor, eu estou entrando em desespero. Nada bem.
Alguém ai me traga esperanças, me traga soluções. Tragam-me sorrisos, porque eu preciso viver. Viver bem, mas, sinceramente, está difícil continuar sem você.

William Balmant

novembro 24, 2010

Amnésia


É engraçado como você não me reconhece mais. Parece que sofreu amnesia, ou algo do tipo, que te fez apagar totalmente seu passado. Eu faço parte dele, mas seria bem melhor se fosse do presente.
Eu lembro quando você entrou na minha vida. Quando entrou em casa e me viu quase nua. Você ficou tão vermelho! Naquela época nós éramos inocentes. E eu acreditava na amizade, no amor.
Tudo mudou tão rápido. Um dia estavamos nós tentando dar uma chance ao futuro, e o presente foi levado pro passado, pro esquecimento. Eu fico meses sem lembrar, sem pensar, sem olhar pra trás e perceber que você esteve ali. Mas as vezes, como tudo na vida, eu lembro.
Eu não queria lembrar, não mesmo. Eu queria ser igual a você: Olhar e fingir que é transparente, que nem sequer te conheci; Esquecer de tudo que vivemos num passe de mágica, como se fosse simples e indolor.

Mas eu não consigo. Eu ainda te amo.
Amanda Ferreira

novembro 23, 2010

Pedaço de Papel

Outro dia
achei um papel amassado
chorei enquanto lia,
lembrei-me do passado;

Lembrei-me de frases
algumas sem saber o que dizer
e daquelas minhas fases
que já não sabia o que fazer

Tentei esquecer tal passado
não consigo mais mentir
que sempre serei calado

Quero mais uma vez admitir
que chorei ao ler o papel amassado
Palavras que me fizeram te sentir.

Marcus James

novembro 22, 2010

Love, love, desire to love.




Eu estava despedaçando uma flor, e a cada pétala que caía era um destino bruscamente diferente. Já não restavam muitas, até que chegou ao destino final e não adiantava negar: mal-me-quer. No jardim havia mais flores. Três, quatro, cinco, seis flores e suas pétalas arrancadas e, incrivelmente todas me deram o mesmo decreto. Decidi procurar algum trevo de quatro folhas, um dente de leão, uma joaninha ou uma estrela cadente num céu ensolarado. Procurei algum desejo, alguma sorte, mas tudo que tive foi azar e isto só me confirmou quando, com raiva, joguei uma pedra para dentro de casa e seu alvo foi um espelho, e como eu já devia saber, havia se quebrado. Sete anos de azar. Jogos de cartas. Eu sempre ganhei. Sorte no jogo, azar no amor. E realmente, achei que o amor não tivesse sido criado para mim, chegando até a duvidar se existia de fato. Essa palavra não fazia parte do meu dicionário e no meu contexto ela não havia sentido. Era só uma palavra no meio de outras milhões, escondida em algum lugar do jardim, mas que de algum jeito, ou por algum motivo, eu nunca consegui encontrar. Até que você apareceu. E todos os “mal-me-quer” me disseram sim. Sim, bem me quer. E eu te quero, também. E já não precisei mais de estrelas cadentes ou qualquer joaninha que trouxesse sorte ou algo que me desse direito a desejar, pois quando você aqui chegou, trouxe junto a ti, o amor. E a partir dali, não importava mais, e de algum jeito e totalmente sem explicação, tudo simplesmente passou a fazer sentido.



William Balmant

novembro 21, 2010

Sorria

  E hoje eu te prometo, eu estarei com você em qualquer lugar onde você for. Todas as manhãs frias e escuras, as madrugadas medonhas e perigosas eu estarei ali, para te proteger. Estarei com você, em todo momento que puder, em seu inconsciente eu quero penetrar, nos seus sonhos me intrometer, e nas suas lembranças eu quero me encaixar.
  Sei que fiquei longe por muito tempo, me desculpe, mas saiba que em todas as noites eu me lembrava do seu simples sorriso, das suas brincadeiras para me fazer rir, das risadas quando eu tentava te animar quando não estava com um bom humor. Desculpe-me se te deixei aqui. Desculpe-me se te deixei pensar em me esquecer, mas esqueça, o que passou, passou.
  Hoje eu estou aqui, e hoje eu te prometo, não partirei mais, não sem você.
  Não tema, eu estou aqui com você. Sorria, só lhe peço que sorria. Me faça ver que a minha vida encontrou o que todos querem: o que não merecem. Sorria e me faça te querer cada vez mais e mais. Sorria e me deixe apreciar esse sorriso de mais perto, deixe-me te amar enlouquecidamente, deixe-me ter um último prazer de ter você perto de mim. Mas lembre-se, você não está em meu coração, que um dia parará de bater, e sim na minha alma, que sempre estará com você.

Marcus James

novembro 18, 2010

Promoções!


Desculpa a demora pra atualizar aqui galera, mas eu tava sem tempo nenhum pra internet. Minha casa tava em pintura, ai o computador não era ligado nunca! Agora eu voltei e vim falar de umas promoçoes com vocês.
Eu estava pesquisando nos sites de música, rádios e afins, e descobri uma promoção que me chamou atenção participar.
No site http://www.letras.terra.com.br/promocoes/7anos (já mandei com a promoção), que você concorre a um Ipod nano. Tem que fazer uma playlist pra tocar na festa de 7 anos do site, e pedir pros amigos votarem. Vale a pena e é fácil!
No site da capricho sempre tem promoções bacanas (que giria de velho, haha). Procurando alguma pra eu participar, achei uma interessante pra quem é apaixonado por moda:
http://capricho.abril.com.br/promocoes/promocao_607455.shtml. Consiste em mandar uma foto de uma peça de roupa customizada por você e concorrer a um video com uma participante da segunda temporada de moda Capricho, e quem sabe até ficar conhecida!
Há um mês atras, eu participei de uma promoção na Rádio Mix, que era pra assistir a um show do Boys Like Girls. Eu infelizmente não ganhei, mas resolvi voltar lá pra ver as novas promoções. Entrei na pagina de promoções, e logo de cara uma me agradou muito: Ganhe um Ipad por semana. O QUE? UM IPAD POR SEMANA? EU QUUUUUUERO! Quer não quer né, galera? Então participem tambem, é super fácil. E além dessa, tem outras pra quem quiser outras coisas ou quem já tem um Ipad (inveja, rs). O link é: http://mixriofm.uol.com.br/promocoes_conteudo.php?areaid=47&id=315451
Espero que vocês gostem e participem, afinal quem não arrisca não petisca, e vai que vocês ganham alguma dessas promoções ou até outras! De graça até injeção na testa e frase cafona pra promoções virtuais, meu bem.

Amanda Ferreira

novembro 15, 2010

Mudar

  Quando acordei, eu me lembrei de um tempo que eu não ligava para nada. Queria me divertir, cantar, nadar, e sorrir infinitamente! Ficava triste somente por não conseguir fracassar em algo, gritava de felicidade quando tinha sucesso, reclamava todo o tempo por não ter o que fazer, adorava assistir televisão.
  Meu pai era meu herói, meu avô, um astronauta muito famoso que ia me levar pra Lua algum dia! Minha mãe era a chata, a protetora demais, minha avó, a melhor cozinheira do mundo! Meus irmãos eram chatos e me irritavam. Adorava meu cão, brincava com ele o tempo todo. Assistia muitos desenhos, gostava de aprender. Não entendia nada de onde vinham os bebês.
  Mudou.
  Hoje não tenho tempo mais para nada, nem pra pensar onde estou. Acho besteira cantar alto, nadar por diversão com amigos, dar risada só com amigos em finais de semana. Fico aborrecido a maior parte do tempo, por amor, por trabalho, ou simplesmente por não ter tempo.
  Dificilmente eu sorrio, mas aconteceram coisas boas, ainda adoro meu pai, comecei a ver porque minha mãe era tão chata. Não visito meus avós já faz um tempo, talvez estejam no fim da vida, mas eu tenho saudades. Cada irmão foi para um canto, um foi para a França, outro pra Turquia, e eu, fiquei por aqui mesmo, não nos vemos fazem uns 2 anos.
   Não tenho tempo para nada. Quando paro para assistir um filme, logo lembro que tenho trabalho para fazer. Não tenho cães, não tenho como cuidar deles. Me irrito com a inutilidade dos desenhos, só pensava em lógica.
   E quando acordei, pensei. E desde então tento mudar. Voltar um pouco, deixar de trabalhar tanto, me divertir mais, cuidar mais de mim. Visitar meus avós, dizer que meu pai ainda é meu herói, amar minha mãe, brigar um pouco com meus irmãos. Ver mais meus amigos, relembrar como é cantar no chuveiro no amanhecer, viajar! Assistir mais filmes e desligar um pouco o celular. Ter filhos! Criar um cão, é bom ter um amigo sempre por perto. Mudar.

Marcus James

novembro 12, 2010

Passou.

  Passou. Sei que passou. Tudo aquilo que um dia eu vivi dizendo que ia ser pra sempre, tudo que eu nunca queria que acabasse passou. A minha vontade de te ver todos os minutos, querer te ligar em plena madrugada só para saber se o seu sonho é comigo passou.
  Tudo que eu sempre desejei eu tive. Você. E então, o meu desejo acabou, estava feliz, mas não estava bem. Queria você, mas não queria estar junto de você. Te amar escondido era o meu estranho prazer, te escrever nas escuras noites de domingo, te ligar pra te perguntar de outro alguém só pra poder ouvir sua voz, era bom, eu gostava disso.
  Toda aquela felicidade quando te via, quando simplesmente acabara. Os meus braços cansaram de todos seus abraços, e a estranha sensação de me sentir completo ao teu lado passara, me sentia mais do que um, e isso até estava me fazendo mal. Era acostumado a ser eu e você, não nós. Era acostumado a te chamar pelo nome, não por esse ridículo apelido que te chamo. Era acostumado a você me reprimir e me abraçar, não você me dizer carinhos e me beijar. Era acostumado sentir saudades, agora sinto saudades delas mesmas. Era acostumado a te dizer eu te amo sorrindo, agora, meu olhar não diz mais nada. 

Marcus James

novembro 10, 2010

Tão Improvável



E novamente eu caio em contradição. Por mais que eu esteja bem, que eu não deseje sintir, eu sinto. Tudo volta, como se nunca tivesse saído de mim.
Eu me lembro que enquanto eu usava salto, você usava chinelo. Enquanto eu queria ir no cinema, você queria ficar em casa. Enquanto eu preferia portugues, você amava arte. Enquanto eu dizia sobre música pop, você só falava de reggae. Enquanto meus olhos se esquivavam, os seus nem disfarçavam olhares sobre mim. Enquanto eu queria filme de terror, você queria comédia. Enquanto eu queria carne, você salada. Enquanto eu sentia ciúmes, você ria. Enquanto eu queria refrigerante, você queria suco. Enquanto eu preferia banho quente, você amava água fria. Enquanto eu me lembrava de datas, você se esquecia todas as vezes.
São tantas coisas. Tudo me faz lembrar, porque em tudo existia nós. Nós tinhamos defeitos, qualidades, erros, acertos, ganhos, perdas, obstáculos, tudo como todos têm. Mas para nós pareciam tão maiores, tão extensos, quase sem fim. Porém, com o tempo, foram diminuindo, assim como a nossa proximidade. Foi-se. Com o vento, com o tempo, com a falta de tempo, deixando o espaço, um vazio.
E então, enquanto eu queria mais amor, você pedia mais vida. Vida vazia, já que não existia amor, só vida por obrigação. Separação. Alguém sem ninguém dentro. Você com um, dois corações dentro de um peito que, a cabeça, pedia vida.

Amanda Ferreira

novembro 09, 2010

Real?

  Por um momento achei que estava ficando louco. Pensava em você quase sempre, lembrava de você nos meus momentos mais difíceis e nos mais ridículos. Lembrava como a gente se conheceu, naquele seu simples sorriso que já não via a muito tempo. Não estava conseguindo mais imaginar seu rosto em minha memória, mas ainda sentia o calor de seus abraços em cima do meu corpo.
  Fiquei louco. Nada fazia mais sentido para mim. O que eu mais gostava já não era tanto prazeroso assim, estava ficando estranho. Não entendi por que 1+1 era igual a 2, pra mim isso era impossível. Era eu, só eu, não importa com quem eu estivesse, e quando eu estivesse com você, eu era você. Estranho e complexo, mas real.
  Agora sou um olhar vazio e qualquer, só mais um estranho andarilho percorrendo o mundo procurando outros sorriso para eu tentar sorrir, tentar.
  A matemática, a astronomia, a física! Tudo que era provado não fazia mais sentido. Pra mim nada faz mais sentido. Só quis entender o que eu fui para você.

Marcus James

novembro 08, 2010

Pela última vez.


Por mil vezes eu implorei pra que tudo acontecesse outra vez. Eu fiz mil orações, implorei como se fosse um milagre mas parece que nada me aconteceu. Pareceu que Deus havia fechado os ouvidos para mim. Você estava tão longe, e eu tentava me aproximar, mas sempre parecia que você corria mais. Eu tentei todas as chaves, todas as portas, tentei seguir por todos os caminhos, mas nunca te encontrei de novo. Eu dormia desejando você, acordava desesperado no meio da noite para ver se tudo não passava de um pesadelo, mas não, eu estava bem ali, no mesmo canto, da mesma madrugada, com o meu maior medo ao meu lado: eu estava sem você. Nunca acreditei em desejos de estrelas cadentes, mas sempre que eu via uma, eu desejava você. Nunca acreditei que quando se vê horários iguais, significa que alguém está pensando em você, então você dá um beijo no relógio e simboliza que demos um beijo em quem está pensando em nós. Mas sempre que eu via algum horário igual, eu beijava o relógio, desejando que eu estivesse beijando você, e mais além, que fosse você quem estivesse pensando em mim. Nunca acreditei que você poderia voltar aos meus braços outra vez, mas sempre que eu não me vigiava, me pegava desejando você mais uma vez, nem que fosse pela última vez. Você dizia me amar, mas eu não sei o que aconteceu. Resolveu desaparecer, não deixou nem um mapa para eu te procurar. Queimou todas as minhas esperanças, e por dentro eu me corroia, deixando que o fogo se alastrasse por todo o meu corpo. Como se não houvesse mais vida depois da sua partida. Imobilizei. Os sentimentos parecem que foram junto com você. A respiração. O sorriso. A esperança. Como se você tivesse tirado o meu fôlego, e eu estava debaixo da vigésima onda agora, a 300 metros de profundidade numa água gelada e totalmente sem ar. As mãos não queriam se mexer, a boca não queria comer, o corpo não queria trabalhar, e a mente não parava de desejar. Em todas as noites, por seis anos olhando o céu estrelado, a luz da lua invadia o meu quarto me lembrando um novo dia, e eu estava perdendo. Seis anos sem vida. Sem amor. Sem paz. Sem você. Seis anos que pareciam quatrocentos. Mas ainda estava de pé, em frente a mesma janela que vi você partir. E os mesmos olhos tristes e com lágrimas que te olharam indo embora, ainda estão aqui, olhando o horizonte desejando que aqueles pés que se foram, volte outra vez me trazendo o amor, a minha paz, e a minha vida de volta. A vida que você roubou de mim quando resolveu me deixar.


William Balmant

novembro 06, 2010

Naquela noite


Depois de algum tempo, eu descobri o lado bom da vida bebendo. Sai com os meus amigos e resolvi exagerar. É, nem eu imaginava, afinal eu sempre fui considerada a certinha e o tipo de pessoa que nunca pensa em coisas boas atraves de travessuras.
Eu parei de pensar nas coisas que eu achava que me faziam bem, dos problemas, dos estudos, da minha vida. Meus amigos perguntavam se eu havia enlouquecido e eu só dizia "estou curtindo minha vida, não é isso que voces dizem pra eu fazer?"
Cai na rua, passei vergonha. Tive que ser levada pra casa por pessoas desconhecidas. Minha mae surtou, disse que eu nao podia fazer isso com ela, que eu era o exemplo e estava chegando bebada. Eu só ria. Tomei banho, deitei na cama, levantei correndo. Vomito. Prazer, ressaca.
Enquanto eu vomitava tudo, começei a me lembrar porque eu havia cometido tamanha estupidez. Henri. Ele havia prometido amor por mim e no final era tudo mentira. Eu larguei de ser a estudiosa para ser a tola apaixonada. No final eu, como minhas amigas ja adivinhavam, eu acabei sem nada. Tentei beber pra esquecer, e só me fez ficar pior.
Ficar tão ruim que descobri estar doente. Mesmo antes nunca ter colocado uma gota de alcool na boca, eu não podia beber. Alcool tampava minhas vias respiratorias e me fazia morrer em dose exagerada. Eu não sabia.
Enquanto vomitava, percebi que faltava respiração. Tentei gritar, mas nao consegui. Me lembro de ter desmaiado e minutos depois, ver meu corpo caido no chao do banheiro sem reação. Lembro da preocupação da minha mae me vendo sem respirar. Ela gritava, sem ao menos conseguir pedir ajuda.
Eu morri ali, nos braços de quem realmente me amava. Enquanto eu morria de amores por alguem que era só ilusão, eu estava bem e não percebi a doença.
Os médicos contaram a minha mae que eu estava doente e que teria de me cuidar. Depois de assimilar tudo entendi o que ela sempre me dizia. "Seja estudiosa, não abuse em coisas proibidas. Não é certo e não lhe faz bem."
Voce chorava como criança no meu enterro. E pedia pra que alguem me tirasse dali. Eu via sua dor, só não acreditava. Porque quando você viu a minha dor ao te perder, você não acreditou.
E eu não voltei, porque quando você teve a chance de me ver voltando, falhou. Na vida só existe uma chance, faça valer a pena.
Fui, e você ficou, só com as lembranças, pensamentos e sonhos pertubadores da noite em que me deixou para que eu pudesse tentar morrer. Sim, eu consegui. Você conseguiu, parabéns.

Amanda Ferreira

novembro 05, 2010

Mudanças

  Hoje eu estou feliz, olho para o céu e vejo algo diferente, algo que não sei realmente o que é, algo que sinceramente, eu gosto de olhar.
  Hoje já é mais fácil me deixar feliz, um simples sorriso seu, mas agora este sorriso já se parece de outra maneira, diferente.
  Hoje o que falo já não faz mais tanto sentido como fazia antigamente, vivo, aprendo, amo.
  Hoje o que você disse um dia não faz o menor sentido, tento desembaralhar as estranhas palavras que você usa para tentar entender o que eu fiz para você querer partir, entendia, já não entendo tanto assim.
  Hoje minha cama está mais confortável, durmo tranquilamente, relaxando no meu profundo sonho, que mudou desde que o meu mundo mudou.
  Hoje minha diversão é se divertir, não com você.
  Hoje as minhas rugas já estão ficando para trás, vivo.
  Hoje eu vejo que o que eu sempre quis foi algo que realmente me faz bem, mas não tão bem como eu me faço.
  E hoje, percebo que nada mudou; e minha vida está assim, diferente.

Marcus James

novembro 03, 2010

Amar, verbo intransitivo;

  Não consigo mais dormir. Um pesadelo sempre me acorda no meio da madrugada me fazendo querer gritar, querendo te chamar e não podendo. Ainda não entendo por que você quis partir, sem ao menos dizer adeus, sem ao menos me dizer um último segredo, sem ao menos me deixar explicar por que te deixei chorar. É.
  Amar, verbo intransitivo. Não precisa de complemento, mas então porque ainda sinto a sua falta?
  Você foi, não me deixou ir também, agora um sonho não tão bonito me assombra as frias e caladas madrugadas. Um sonho que não me deixa te esquecer, um sonho que eu ainda quero lembrar, mas já está se apagando em minha memória. Seu rosto me aparece todo deformado, seu cheiro já saiu de toda minha roupa. Mas não, não esqueço de você, não esqueço do carinho que me pediu um tempo atrás, não, muito tempo atrás. Já esqueci quanto tempo faz que não te vejo. Vejo apenas um corpo sem alma que não precisa mais amar.
  Amar, verbo intransitivo. Não precisa de complemento, é o que você demonstra, e agora, eu também.


Marcus James

novembro 02, 2010

Exame Nacional do Ensino Médio

Pois é, espero que estejam preparados, quem for fazer, o ENEM. Minha amiga vai fazer e disse que está estudando demais. Boa sorte pra ela e pra todo mundo. Pra ajudar quem é brasileiro (e deixa pra ultima hora pra saber o que estudar), eu entrei no site do enem e... pesquisei pra voces as matérias mais indicadas pra estudar! Aqui esta o link, só entrarem e se matarem nos estudos: http://www.enem.inep.gov.br/pdf/Enem2009_matriz.pdf
E como de costume, daqui uns meses vão sair as suas "gafes" e erros terriveis. E nós, que ainda não fizemos e não vamos fazer, vamos rir. A foto tá mostrando uma brincadeira, mas não é de enem.
Espero que se divirtam esse resto de semana e estudem, porque sem estudo não dá né! Que tenham otimos resultados e voltem daqui uns meses pra ler os erros.
Beijos.

Amanda Ferreira

novembro 01, 2010

we are broken.





Ficou para trás. Junto com alguns papeis a e algumas poucas lembranças. Alguns objetos jogados e uma meia lágrima derramada. Ficou pra trás, como deveria ser. É, você sabe assim como eu, não é? Talvez eu pense demais em você nas 16 horas de um dia, porque nas outras 8 horas eu estou sonhando, e lá também está. Mas é passageiro, eu sei, vai passar. Porque no tempo tudo passa, e tudo vai se encaixar. Eu vou superar, assim como superei coisas que achava impossível. Eu sei que eu sou forte mais do que pareço. É natural, as coisas simplesmente chegam ao fim. Se durou muito ou pouco, não importa. Durou e isso sim é o importante. Acabou cedo, de maneira banal, infantilizado pela mimada bipolaridade. Mas é assim que é, e segue. Como um fluxo de água sabe? Mas o nosso não durou nem para matar a sede. Mas a gente aprende, com o tempo, a escolher coisas duradouras, e se forem para acabar que não nos faça acreditar que se possa eternizar. E no fundo tanto eu como você sabíamos que teria um fim, não é? E no fundo o tempo, mesmo não curando todas as coisas, nos faz esquecer. E as coisas passam, pra sempre. Talvez eu me culpe por ser tão banal, tão tolo e orgulhoso. Talvez eu me vanglorie por ter tirado um sofrimento maior do meu caminho, pois eu sei que isto cresceria como uma bola de neve, junto com sentimentos e histórias, e no final, seria pior, eu sei disso. Você também! Mas pra que se lamentar não é? As coisas acontecem porque precisam acontecer, simplesmente. E a gente viveu o que era pra viver. Aconteceu, durou, acabou. Você estará sempre muito presente, ou talvez eu esqueça com o tempo a sua feição, seu jeito e até o seu timbre. Mas nunca vou me esquecer de que por alguns instantes, me fez feliz, por mais momentâneo que tenha sido. Está ficando tarde, já são 02h40, eu tenho meus compromissos e mais coisas pra fazer do que simplesmente ficar aqui relembrando. Se for pra viver novamente, vai acontecer. Se não for, a gente guarda na memória o que já aconteceu. Tão simples assim. Talvez eu entenda que não é o tempo que nos faz superar, e sim o amor. Mas não vai ser um amor que venha de você, e sim que existe em mim. O meu amor próprio. Talvez antes de dormir eu pense um pouco em você, mas talvez eu pense mais em mim, afinal, já está na hora de pensar mais no meu "eu", aprender cuidar da minha vida, e parar de me lamentar pelo que aconteceu. Boa noite meu amor, fique bem, durma bem. Eu vou cuidar de mim :)


William Balmant