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fevereiro 28, 2011

Hoje eu só quero falar de amor

Há uma coisa que eu não entendo sobre a vida. Você conhece milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então encontra uma pessoa e sua vida muda. Pra sempre. Eu nunca conheci alguém que realmente acreditou que eu era o bastante até que eu conheci você. E então você me fez acreditar também. (Love and Other Drugs)


Eu acho que o tempo passou rápido demais enquanto eu te amava do meu jeito, assim, diferente. Mas não importa o quanto tenha sido diferente, eu te amei. E vou te amar enquanto você quiser, enquanto o meu amor for acessivel ao seu coração, a qualquer lugar que voce possa sinti-lo. Porque não importa quantas pedras, abismos ou chuvas ácidas entrem no meu caminho, eu não vou largar você. Não é o que eu quero e nunca vou querer.
Com você, aprendi que os dias não nascem sempre com um Sol nos iluminando, e então, nos dias de céu nublado, seu sorriso ilumina meu caminho me trazendo de volta aos teus braços, a felicidade, ao nosso amor. O nosso amor supera tudo, muito mais do que nós e muita gente imagina. E é isso uma das coisas que gosto em nós, mas gosto muito mais de você e tudo que te deixa perfeitamente um garoto normal. Com qualidades e defeitos, mas que só me faz te amar mais, muito mais.
Amanda Ferreira

fevereiro 27, 2011

Passado

(Postado dia 04 de Outubro de 2010) 
Se tudo que um dia eu te disse ainda está guardado em seu peito, me chame pelo nome. Se ainda se lembra do dia que te pedi desculpas por te-la feito chorar, me perdoe mais uma vez por ter quase te esquecido.
 Queria tanto te dizer que não consigo parar de pensar em você, tanto... Mas não te encontro em lugar algum, se te vejo, logo arranjo uma desculpa para não ficar perto de você, ou então você some de repente e não diz mais nada. Se você me vê, me ignora. Se eu conseguisse desentalar essa mágoa por te-la feito se esquecer de mim, eu me deixaria levar pelo vento como um disse à mim.
 Vejo algumas fotos antigas, alegres... E de repente me vejo vivendo um passado que quase não me lembro mais. Seu rosto está se apagando em minha memória, por favor, me faça lembrar como é te amar. Me faça lembrar como é bom precisar de você. Me faça querer te ver sorrir, mesmo que esse sorriso não seja para mim. Por favor, não me deixe te esquecer.
 Quero tanto que esse passado volte, o passado que me deixou vivendo num mundo que eu não me encontro mais. Não peço que volte, só peço que não me deixe ficar sem poder te ver as vezes. Só quero poder me lembrar como é bom te ver sorrindo.

Marcus James

Other Ways to Love

    Galera, estamos abrindo um novo tópico aqui no blog! É o Other Ways to Love! Uma chance pra todo mundo aparecer aqui no blog com seus textos!
    Isso vai funcionar da seguinte maneira... A cada semana nós vamos escolher um texto que vocês irão nos mandar ou textos famosos e iremos postar aqui com os devidos créditos ao autor, isto vai ser toda quinta-feira!
   Então corra e mande-nos seu texto pra o nosso e-mail: otherwaytolove@hotmail.com e espere até quinta-feira para ver se ele foi escolhido! Um bom dia e boa sorte!

Other way to love

fevereiro 23, 2011

A Hora Certa

(Postagem original em ago/10)

Parecia mentira. Meus olhos custaram a acreditar no que estavam vendo. Era algo tão impossivel e estava acontecendo. Você havia pego minhas mãos de um jeito diferente. No começo eu não tinha entendido sua expressão preocupada, mas sabia que com o movimento dos seus lábios eu entenderia.
Você estava nervoso. Seus lábios tremiam e não conseguiam terminar palavras que pareciam tão fáceis antes de ouvir de você. Implorei para que respirasse e começasse novamente.
"Está tão difícil continuar fingindo que existe alguma coisa. Estamos nos destruindo. Tudo é tão dificil agora que você está distante mentalmente. Ter parte do seu mundo não basta há muito tempo. Acabou, Jordin, acabou."
Peter estava perdido, eu sabia disso. Não sabia o que estava dizendo, pobre coitado. Estava descontando seu momento de dor em mim. Ou não. Talvez ele estava certo. O fim seria inevitável se continuassemos como estavamos. Mesmo negando, havia infelicidade demais. Nem todos os momentos de felicidade que passamos amenizava nosso cansaço um do outro. Podia ter provocações, tentarivas de ciumes não nos atingiam mais. Assim como a vida, o nosso amor acabara. Assim como a agua em um copo, o nosso relacionamento chegando ao fim era a última gota. A gota que, por mais que não existisse mais "nada", era a mais dolorida. Mesmo não existindo mais nada, era melhor que o vazio.
Me levantei e decidi respirar, porque após uma notícia como essa, ficar ao teu lado não estava ajudando. Havia acontecido! Naquele momento minha opinião não valia de nada. Por mais que machucasse, eu concordava com Peter. E ainda acrescento que acredito que desde o começo foi ilusão. Uma perca de tempo desnecessária.
Te deixei ali, naquela praça, sozinho pensando no que acabara de fazer. Minha cama me chamava e eu precisava dela tambem.
Deitei para pensar e acabei dormindo. Há muito tempo não tinha bons sonhos, mas naquela tarde movimentada eu tive. Tudo era tranquilo, eu caminhava com uma paz muito diferente pra mim.
Seus olhos não me pertubavam mais. Peter havia me ajudado trazendo a verdade. Eu o amava, mas longe, sem brigas. Seguir não seria fácil, mas pensar que poderia ser o início de uma nova fase ajudava. O começo em um fim. A gota final de um copo tornou-se a esperança de que exista um copo infinito. Para Peter. Para mim.

Amanda Ferreira

fevereiro 21, 2011

Até a última respiração




Eu tenho te esperado por anos...
Mas é ruim olhar pro céu escuro e ver que a forte tempestade me faz crer que você não voltará, mas ainda estou aqui, esperando. Diante da janela, um horizonte tão distante. Da porta pra lá, um mundo lá fora. E eles te acolhem, e te fazem viver. Estou tão fraco agora, eu queria poder enxergar suas pegadas, mas você insistiu em ficar invisível para mim. Eu queria poder te reconhecer, eu desejo te tocar. Será que a nossa identidade foi perdida? E nossas digitais desapareceram daqueles talheres na mesa da cozinha? Eu ainda tento te enxergar em cada gota de chuva, em cada clarão do relâmpago, em cada lagrima minha, em cada segundo do relógio e a cada milésimo é uma dor atravessada, um tempo perdido. Me diga então porque você se foi? Porque nada disso parece passar para mim? Espero te ouvir outra vez nem que seja pronunciando que fui um erro pra você. Mas enquanto eu preencher lacunas abertas e vazias na sua vida esquecidos no passado longínquo, você estará aqui, dentro de mim, tão cheia de vida como se fosse da primeira vez. E ainda que eu venha a me esquecer, ainda que meus olhos parem de enxergar a triste tempestade, os meus ouvidos se cansem de ouvir os estalos de gotas no telhado, ainda que minha boca se recuse a pronunciar quaisquer palavras, mesmo que meu corpo todo pare de responder, você para sempre será a pessoa que me mantém vivo e ainda que nada mais faça sentido à mim, mesmo que inconscientemente vai ser por você que eu vou continuar a respirar, esperando a sua volta. Enquanto um coração aqui bater, ele baterá por você.
Eu tenho te esperado por anos... e ainda espero.

William  Balmant

fevereiro 18, 2011

Eu amo você.

   Faz tanto tempo que não consigo pensar em uma razão para não te esquecer. As razões que o vento trouxeram até mim quando você ainda dizia palavras tão doces e gentis com seus lábios macios e seus olhos que não dizem tanta coisa quanto eu esperava, essas razões sumiram com o mesmo vento que as trouxeram.
    E neste estranho labirinto invisível que se forma em meu peito vou tentando encontrar a saída de todas as coisas que me perseguem enquanto você está longe. Me sinto mal quando ouço seu nome, me lembro como estou desprotegido, como estou incompleto. Me vejo nos filmes românticos quando a pequena donzela vai embora, e eu fico a esperando como um tolo, sabendo que ela não vai mais voltar. Eu sei que tudo isso pode te parecer bobeira, sei que nunca pude ter demonstrado isso para você, mas não se esqueça do tanto que eu lutei, e ainda luto para encontrar razões para sair deste labirinto e continuar neste eterno paraíso que é poder te dizer eu te amo quando quiser.
    Quando te olho nos olhos não vejo mais o mesmo brilho que existia anos atrás, não encontro mais meu nome escrito em suas pálpebras, tento em meus sonhos entrar nos seus, mas parece que você  trancou seu pensamento para mim, se isolou de mim.
   Eu amo tanto você, eu amo seus lindos cabelos loiros, seu sorriso simpático, seu abraço tão acolhedor, seus olhos castanhos tão mansos... Eu amo quando você sente ciúmes de mim, quando você se estressa por eu brincar de não te dar atenção. Eu amo seu jeito. Eu amo você.

Marcus James

fevereiro 13, 2011

Você disse...


Tento de algum jeito desabafar
algo que não pareça
como mais alguém a te amar,
tentar algum jeito que esse medo não cresça.


Tenho medo
de ser mais um que te quer,
Fico guardando em meu peito este segredo.
Preciso ainda mais do seu prazer.



Você disse pra eu não te esquecer,
aonde e com quem eu estiver,
mas onde está você no amanhecer?

Preciso de você ao meu lado,
para mais uma ver te dizer,
que meu coração cansou de doer.

Marcus James

fevereiro 12, 2011

Me sinto, não sinto.

As vezes me sinto assim

assim, desse jeito.

Daquele que você me fazia sentir
e vem a saudade,
saudade dos carinhos
beijos e abraços.
Saudades das palavras,
palavras de um futuro,
um futuro de nós dois.
Planos e promessas
e as confissões.
Já tentei contar,
já tentei até mostrar,
mas o medo tomava conta de mim.
Já não sei mais o que tentar,
mas acho que ficava estranho,
talvez até louco,
mas não consigo confessar
que me sentia assim com você.

Marcus James

Uma lembraça boa


(Meu coração está pedindo amor, mas diferente do que já tem. Está pedindo paz, mas eu não sei aonde achar. Está pedindo afeto, mas desde que você se foi eu desisti de procurar. Simplesmente não vale a pena). Eu não parava de cantar essa música, enquanto o fone de ouvido no máximo me impedia de ouvir a chuva que caia lá fora.
Entrei no meu quarto e vi sua touca jogada na cama. Na cômoda, do lado do abajur, sua aliança prata que dentro tinha meu nome escrito. Tirei o fone e analisei-a.
Durante três anos eu me perguntei o que havia acontecido pra você desistir de mim. Exceto aquela noite, em que fazia frio e nem todas as blusas de meu armário adiantavam.
Lembrei das noites frias que passei com você, da sua voz dizendo sobre as tempestades de neve no Sul e agradecendo por não viver lá.
E tudo de repente se tornou lembrança, que alguns dias eu preferia que passassem em branco. Hoje eu queria que não passasse de um sonho repetitivo.
Olhei meu armário e vi o casaco da noite do acidente., que eu tinha evitado usar. O casaco em que os médicos te encontraram enquanto me ligavam dizendo que tinha morrido no local, que não tinha mais o que fazer. Naquela noite a gente havia terminado, mas mesmo assim, o numero para emergencia no seu celular ainda era o meu então por azar fui a primeiro a entrar em choque com a notícia. Abri o bolso e achei minha aliança, e um papel dobrado.
"Pensei em te ligar, mas não sou esse tipo de garoto. Sou do tipo que você conhece muito bem graças a mim. Aquele que prefere coisas antigas como um bilhete ou uma visita na madrugada dizendo que sinto saudades e te amo muito. Obrigada por me fazer feliz, minha menina" Jack, 16/02/2008 às 04:15 a.m.
Era só mais uma lembrança sua, que me atormentaria junto as outras. Eu me sentia culpada, afinal você havia saido de cabeça quente do meu apartamento e logo depois, recebi a ligação sobre o acidente.
Mas aquela era uma lembrança boa... do tempo que você me amava e se dedicava a mim, a me dizer isso. O tempo em que me amava, como eu te amava, amo mesmo com toda a culpa, dor e sofrimento. E vou amar até que as lembranças virem pó junto a mim após a morte.

Amanda Ferreira

fevereiro 10, 2011

Guardada a sete chaves.

  Não devia estar aqui, mas acho que já cansei de te procurar em outros braços e abraços. Sinto sua falta, mas isso ninguém pode perceber. Essa saudade está guardada a sete chaves debaixo do que dizem ser o órgão que representa o amor. E essa saudade bate muito forte quando estou prestes a te ver... Meu corpo inteiro se enlouquece! Minhas pernas tremem, meus olhos lacrimejam, minha alegria e meu medo se misturam dentro de um pensamento que nunca tive certeza do real.
   Quando deito a noite, reservo um pouco de meus minutos preciosos para pensar para você. Minutos que me angustiam, que lembranças atormentam meu difícil pensamento! Lembranças onde eu podia te abraçar quando bem entendesse, e esse abraço me fazia muito bem. Saudade. Deve ser a palavra correta quando usada para falar de você. Saudade. Deve ser o sentimento mais extraordinário que existe, quando eu não te vejo meus olhos exclamam minhas mágoas, e quando te vejo, meus olhos exclamam minha excitação de te ver! Eu te amo tanto! Eu te amo mais do que eu poderia imaginar! Mas onde está você? Onde está a mulher que eu sempre amei? Onde está a promessa que me fez fazer de nunca te esquecer!? Esse amor não acabou, todos sabemos, você sabe.
   Esse amor nunca irá acabar. Talvez dizendo isso um dia acabe. Nunca diga nunca.

Marcus James

fevereiro 07, 2011

Meu sorriso, Jenny.

 


Não havia nada melhor do que ver aquele sorriso brilhar. Era realmente a coisa mais linda do mundo. Todos os dias pela manhã, eu olhava para aquele maravilhoso rosto e a cada segundo eu tinha mais certeza de que queria vê-lo para sempre, e o meu lugar era ali... ao lado dela. Estávamos bem, até o fim daquela semana, quando Jenny começou a passar mal, vomitar sangue e ter fortes dores de cabeça. Fomos ao médico para fazer alguns exames e o resultado sairia em três dias. Até então decidimos pensar em outras coisas, afinal, poderia ser somente uma crise de stress que ela estava enfrentando no novo trabalho, ou qualquer coisa parecida. No domingo pela manhã fomos ao consultório pegar os resultados e conversar com o médico. Mas as coisas não pareciam tão bem quanto queríamos. Novos exames foram solicitados para confirmar o que estavam achando ser. Perguntei ao Charlie R., o médico, o que ele suspeitava e se isto era ruim, mas ele nada respondeu, disse apenas que preferia ter certeza para não falar bobeiras e não nos levar à preocupações maiores. Mas foi neste momento, que eu percebi que as coisas não estavam totalmente sobre controle. E durante cinco dias, eu me perguntava o que poderia ser. Pesquisei os sintomas que Jenny andava apresentando, mas nenhum caso parecia tão assustador, na verdade, não encontrei doenças que apresentassem tais sintomas. Um dia antes de pegar os exames, Jenny desmaiou no serviço, e me ligaram de lá. Meu coração quase pulou pela garganta, e senti minhas mãos gelarem num instante. Peguei as chaves do meu carro e fui encontrá-la o mais rápido que pude. Levaram-na direto para o hospital, mas pela graça de Deus ela já estava consciente. Conversamos por longas 3 horas, até ela adormecer de tantos sedativos. Charlie, que estava cuidando do caso, me chamou para uma conversa particular. Disse-me que os exames já estavam prontos e que queria me preparar antes, para que eu não me descontrolasse ou desestimulasse Jenny. O que ela tinha, na verdade, se tratava de uma doença degenerativa que acabaria com Jenny em menos de 1 ano. Era uma célula cancerígena, tão rara, que somente 1 em 1,2 milhões de pessoas apresentam, e não há nada a fazer, somente esperar a morte chegar. Bem, vou explicar-lhes mais ou menos o que é, essa célula vai corrompendo cada órgão, até faze-los parar de funcionar. As hemácias são afetadas de tal forma a não transportarem mais tanto oxigênio ao corpo, assim a pessoa fica sem energia alguma. O cérebro vai parando de funcionar aos poucos, e até os próprios sentidos vão se perdendo. Foi então, quando me descontrolei. Foi a pior conversa particular que eu já tive em toda a minha vida. Chorei até não haver mais o que cair. Perguntei ao Charlie se haveria alguma coisa para eu fazer, que revertesse a situação... Talvez se eu doasse os meus órgãos, ou assim que ela perdesse a visão, eu poderia doar os meus olhos, qualquer coisa, eu... Eu não sabia o que pensar. Eu só queria, eu só queria que nada daquilo estivesse acontecendo. Mas a única coisa que eu realmente poderia fazer era doar sangue, isso faria com que Jenny não morresse tão depressa, talvez doando sangue, eu poderia ficar mais uma ou duas semanas ao lado dela. Mas não importava, eu daria tudo o que tenho somente por dois minutos ao lado dela. A única coisa que precisava ser feita, era ver se o meu tipo sanguíneo era compatível com o de Jenny, e fizemos isso o mais rápido possível. Na manhã seguinte, Charlie veio dar as noticias a Jenny. Foi então, que eu vi os olhos dela tão sem expressão, e o sorriso mais belo do mundo havia sumido. Seus olhos estavam tão baixos, quanto podiam. As minhas mãos percorreram a cama, até encontrar as mãos de Jenny, e meus lábios só conseguiram dizer: Eu te amo. Charlie disse que o meu sangue era compatível com o de Jenny e isso foi a única coisa que me fez abrir um pequeno sorriso, mas durou apenas 3 segundos, pois toda aquela situação era ruim demais que logo me fizeram voltar aos olhos caídos e cansados e a minha cabeça baixa. Mas eu sabia que tinha que ser forte, eu precisava ser forte! As sessões de quimioterapia começaram, e Jenny começou a perder os cabelos. Em uma semana, estava careca. E antes de ir visitá-la no hospital, depois do serviço passei no cabeleireiro e raspei o meu também, e passei na floricultura para lhe comprar as mais belas flores que tinham. Cheguei ao hospital, e logo que abri a porta e a vi, a única coisa que escutei foi: Você é louco! E aquilo me fez rir, e ela sorriu. Sentei ao seu lado, e nós demos as mãos. Dei um beijo em sua testa e disse: Está tudo bem, eu estou aqui com você agora, e estarei para sempre. Ela abaixou os olhos e uma lagrima escorreu de seus olhos. Passaram-se duas semanas, e as coisas começavam a piorar. As transfusões de sangue começaram e todos os dias, eu tirava um pouco de sangue para Jenny. Ela já estava começando a perder a audição, até que perdeu totalmente. Agora ela estava careca e já não ouvia mais nada. Nós nos comunicávamos através de um pedaço de folha de papel e uma caneta. Na quarta-feira, sai do quarto um pouco e fiquei quase uma hora lá fora, e quando cheguei perto da janela do quarto de Jenny, eu a vi chorando. E ela estava totalmente descontrolada, parecia que as lagrimas tinham vozes, e aquelas vozes gritavam, não somente de dor, mas de tristeza. Decidi não entrar no quarto para não atrapalhar, as vezes é bom ficar sozinho, e talvez, fosse bom pra ela também. Aconteceu que eu adormeci sentado no chão, do lado de fora, ouvindo o choro de Jenny. Quando completou dois meses de tanto sofrimento e dor, Jenny já quase não podia ler o que eu escrevia, pois a sua visão começa a ficar limitada. Aqui, Jenny estava careca, sem ouvir e parcialmente cega. Mas ainda conseguia ver os meus desenhos e coisas como “Eu te amo, princesa”. Eu continuei doando sangue, até que quando se completaram 5 meses a situação toda se agravou, e já não havia mais absolutamente nada que eu pudesse fazer. Já perdendo a força nas mãos e nos pés, Jenny quase não se movia, já não sentia gosto de nada, e quase não enxergava mais nada. Foi ai, que vi a minha linda menina morrer não somente por fora, mas por dentro. Perdendo todos os sonhos, todos os desejos, toda a vontade e toda a força. Foi então, na manhã de domingo de 22 de novembro de 2010 que Jenny partiu. Em seu funeral era como se meus olhos se recusassem a acreditar no que estavam vendo. Minha mente estava perturbada e confusa, tão triste e eu desejava estar no lugar de Jenny. Eu faria tudo para ter ela ao meu lado, eu doaria até a ultima gota de sangue do meu corpo para tê-la ao meu lado somente por mais 5 minutos. Os dias passaram, passaram meses. Trancafiado num quarto, eu me recusava a querer viver, e simplesmente via tudo passando e eu ali, apodrecendo sem vida, sem o amor do meu anjo. Depois de longos e cruciais 3 meses, decidi arrumar as coisas em casa. Abri o guarda roupas de Jenny, tirei o vestido preferido dela e coloquei perto ao meu nariz, e ainda persistia o cheiro da minha mulher. Chorei por longas 2 horas, até me lembrar de cada momento, desde quando nos conhecemos no intervalo da escola, até a praia, nas festas, do nosso primeiro beijo, nossa primeira discussão, dos telefonemas, dos olhares e claro, daquele sorriso, até eu vê-la no hospital, até o funeral. Encontrei uma pequena caixinha que nunca tinha visto antes, ao abri-la vi um pequeno papel que estava escrito exatamente assim: “Meu querido, se estiver lendo isto agora, significa então, que já parti. Não se assuste, eu vou explicar. Acontece, que eu já sei de tudo o que vai acontecer, não queria, mas sei... Desde os meus 12 anos, quando descobri a doença. Convivo com a idéia de que eu morreria aos poucos, desde criança. Papai e mamãe morreram no acidente de carro, e restou apenas eu, sozinha tentando sobreviver a isto. Nunca quis te contar sobre isso, pois simplesmente não queria que isto destruísse os seus sonhos. Sonhos de casamento, de viver, de ter filhos, de morrermos juntos. De todas as coisas que quero e se puder desejar, eu quero que você ao terminar de ler isto, rasgue. Doe minhas roupas, jogue tudo fora, e guarde somente com você o nosso amor. Objetos ficam pesados ao se carregar, mas o amor é mais leve do que qualquer coisa, e além do mais, nos faz flutuar. Não sinta raiva, ou ódio por eu não ter te contado nada antes. Apenas sorria meu amor, porque eu estou aqui do outro lado, sorrindo para você. A cada segundo, te esperando ansiosamente. Eu te amo mais do que qualquer coisa, e você vai muito mais além do que qualquer coisa que eu poderia desejar. Seja feliz meu amor, mas por favor, não se esqueça de mim. Eu te amo, vida!”. Meus olhos, mais uma vez, derramaram lagrimas intensamente, eu estava confuso, minhas mãos percorreram aos meus cabelos, quis puxá-los de uma vez. Passaram-se algumas semanas, mas foi a partir daquele momento, em que li a carta, que decidi viver, e sorrir. E cada sorriso que eu dava, era para Jenny. Todas as vezes que eu me deitava, o meu pensamento era ela. As minhas vitórias eram todas dedicadas a ela. Cada segundo da minha vida, eu esperava ansiosamente para encontrá-la de novo, e poder abraçá-la. Todas as manhãs a minha força vinha daquele lindo sorriso, que eu pude contemplar por 7 anos. A minha vontade de viver, já não vinha mais de mim e de alcançar objetivos, era tudo direcionado a ela, na verdade sempre foi, mas agora isso ficava mais claro para mim. E eu acreditava no amor e acreditava em Jenny, e apesar de tudo e dela ter partido, eu ainda acreditava que tivéssemos sido feitos um para o outro, eu a completava, e ela me completava totalmente e inteiramente. Jenny - eu dizia todos os dias de minha vida - aonde quer que esteja meu amor, espere por mim, eu te amo, sempre foi assim e para sempre há de ser. Boa noite, minha princesa do sorriso mais lindo do mundo, este sorriso aqui vai para você -  E eu sorria... Até adormecer.


William Balmant

fevereiro 06, 2011

Já não quero mais

   E que eu sinto já não está mais dentro de mim. Explodiu. Sumiu. E tudo o que era um dia para você eu já não quero mais. Não quero mais me sentir mal só por não ver um sorriso seu. Não quero mais me sentir mal por ler alguma carta antiga sua e lembrar que o que passamos foi real. Não quero!
   Não quero mais sentir você do meu lado a cada música triste que ouço. Não é mais certo judiar de mim assim. Não é mais certo escrever cartas que rasgo após acaba-las. Não é mais certo deixar você me dominar com seu olhar e sua voz melodiosa que escuto! Não!
   Quando tudo que ainda está em mim sumir eu vou te procurar e te dizer tudo o que sempre quis: Eu te amo. E simplesmente não sentir nada quando você tentar explicar alguma coisa que não é certo ficarmos juntos, não somos nós, somos só eu e você. E já fazem anos que tenho tentado fazer isso.
   Sempre que uma lembrança atinge meu interior eu corro até você, corro até fotos que ninguém sabe que temos, para abraços guardados em meus braços por anos, para cartas anônimas que eu sabiam serem suas com aquela assinatura meiga "Com amor, você deve saber quem eu sou.". Não quero mais que essa lembrança me atinja! Me deixe viver! Me deixe apaixonar por outras mulheres melhores do que você! Deixe de ser egoísta!
Eu te amo. 

Marcus James

fevereiro 03, 2011

Toda vez que vivo.



As vezes...
As vezes você se toca que palavras não são promessas,
e as promessas um dia ditas podem ser esquecidas.
As vezes você percebe que você não é tão forte o quanto parece,
mas sabe que para ser forte precisa se machucar antes.
As vezes você percebe que algumas pessoas não se importam,
mas isso não irá fazer você não se importar com elas.
As vezes você percebe que qualquer um irá te machucar,
mas você escolherá quem deve perdoar!
As vezes você percebe que distancia não é um obstáculo,
é uma maneira de grandes amizades crescerem!
As vezes você nota que as pessoas influentes e importantes de sua vida são tomadas de você muito depressa,
por isso deve deixa-las orgulhosas!
As vezes você vê que em tudo existem dois lados,
só é necessário saber para qual olhar.
As vezes o que é importante na vida não são os outros,
mas os outros dentro de você.
As vezes você pensa que sonhos são fantasias e bobagens,
não acredite nisso, isso é o que te faz viver.
As vezes você para no tempo para consertar coisas,
mas o tempo não pára para você concertar isso.
As vezes quando está a noite acordado,
faz fantasias que esquece no momento seguinte, mas são as melhores que já sentiu.
As vezes você esquece que o mundo é traiçoeiro,
e começa a confiar em pessoas desconhecidas e não se arrepende.
As vezes você se lembra de tudo que você já viveu,
e sabe que já passou momentos inesquecíveis que nunca se arrependeu.
As vezes quando você canta, você retoma algo em sua memória,
e de um jeito ou de outro sorri, porque aquilo é algo que ficou em você.
As vezes a hora não importa,
pode passar anos e você continuará sendo o mesmo.
As vezes você nota as sutis semelhanças com seus pais,
e vê que eles são a família que sempre desejou.
As vezes o dia está nublado,
mas mesmo assim as pessoas vão a luta.
As vezes é preciso chover para se fazer o arco-íris,
e quem procura o arco-íris quase nunca quer a chuva.
As vezes você sabe que pode confiar em uma pessoa,
sem ao menos saber seu nome.
As vezes você comete loucuras,
e esses são os momentos inesquecíveis do qual falei.
As vezes quando você acha que irá cair,
alguém vem e não te deixa cair.
As vezes a pessoa que mais te odeia
pode te ajudar sem pedir nada em troca.
As vezes você percebe o quanto é bom ter amigos juntos,
mas o melhor mesmo, é matar a saudade deles.
As vezes é bom chorar,
mas isso não significa que você não precisa consertar o que te fez chorar.
As vezes você vê que alguém te deixou,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
As vezes é bom estar em casa no tédio,
para perceber o quanto é bom estar com seus amigos.
As vezes quando você menos espera aparece alguém,
e esse alguém te fará esquecer tudo o que lhe falei.
As vezes você sabe que é melhor viver o presente,
mas mesmo assim não deixa de sonhar com o futuro.
As vezes você tem que perdoar,
mas não significa que se esquecer do que aconteceu.
As vezes você percebe que o futuro é incerto,
e para ver isso retoma ao passado.
As vezes você percebe que não se tornou aquilo que queria ser anos atrás,
mas se tornou alguém muito melhor, pode ter certeza.
As vezes você enfrenta os seus problemas de cabeça erguida,
com a vontade e o olhar adiante com a confiança que recebeu.
As vezes você percebe que amigos são a nossa segunda família,
e aprende que não precisamos mudar de amigos se compreendemos que nossos amigos mudam.
As vezes o que você pensa não é real,
mas mesmo assim acredita que aquilo vai te fazer bem.
As vezes a dúvida é cruel,
e isso se torna o medo da realidade.
As vezes amar não é tudo o que queremos,
mas sim tudo o que precisamos ter.
As vezes você percebe que felicidade não é a quantidade de amigos que tem,
e sim o amor que tem entre si.
As vezes você percebe que a amizade não existe,
amigos são anjos que nos observam a cada minuto, e isso é amor.
As vezes você não liga para nada,
e mesmo que eu fale várias vezes, você só ira perceber tudo isso as vezes.


Marcus James

fevereiro 01, 2011

Jane Marie


Eu ouvi alguém dizer meu nome. Mas eu não conhecia aquela voz. Nunca tinha ouvido alguém com aquele timbre me chamar, disto eu tinha certeza. Tentei abrir os olhos. Outra voz me disse para ficar calma. Senti gosto de sangue na garganta. Tentei engolir. E então me veio mais e mais gosto de sangue, como se estivesse acabado de me machucar.
Mas... Eu tinha me machucado. Tinha sofrido um acidente. Fazia muito tempo? Ou melhor, que horas eram? Eu não fazia idéia de nada, só de quem eu era. Meu nome, (creio que ainda era, se eu tivesse meu RG pra comprovar) é Jordin Stephanie Richr. Nasci na Inglaterra há dezessete anos. Meus pais viajaram o mundo antes de eu nascer, mas depois voltaram para sua cidade natal quando descobriram que mamãe estava grávida. E não era de mim. Minha mãe sofreu um aborto espontâneo aos cinco meses de gestação. Depois disso desistiu de viajar, de trabalhar, de ter filhos. Ficou desgostada com a vida. E então eu surgi. Ela e meu pai decidiram adotar alguém e foram até o meu abrigo. Eu tinha meses, havia acabado de ser abandonada pela minha mãe biológica. Nunca a conheci, mas não tinha raiva por ter feito isso, afinal a minha família adotiva era muito boa. Fui morar com eles aos dois meses, pois o processo de adoção às vezes pode ser muito difícil (como no meu caso). Sempre tive carinho, amor, atenção, as melhores coisas, as melhores escolas, os melhores amigos. A nossa situação financeira era excelente, e eu nunca tive do que reclamar. Mas eu reclamava. Achava que algo podia ser melhor, que eu era adotada e por isso meus pais não me davam tudo, mas se mamãe não tivesse sofrido aborto, o seu filho teria tudo, e eu nem faria parte da família. Adolescência, eu nunca soube o que falava. Raramente falava algo construtivo.
Eu abri os olhos. Todos estavam de branco. Eu não reconheci o lugar. Olhei para os lados, ainda ninguém conhecido. Onde estavam meus pais, meus amigos? Que lugar era aquele? Um hospital? Eu nunca havia ido àquele hospital, se fosse da Inglaterra. Mas logo um homem jovem e de sorriso poderosamente branco respondeu as minhas perguntas.
- Você não sabe onde está não é? Eu vou te ajudar. Em primeiro lugar, você deve saber que eu sou seu mentor. Aquele que vai te ajudar, te dar todas as instruções de como viver aqui. Você está no céu. Apesar de todas as palavras bruscas aos seus pais nesses últimos tempos, você havia sofrido demais antes, então foi perdoada e atingira o plano espiritual em graves, mas lidáveis situações. Você sofreu um grave acidente, onde estava seu namorado e amigos, se lembra?
Eu não sabia o que falar. Plano espiritual? Eu só atingiria esse lugar se estivesse... morta. Eu estava morta? Não, era uma brincadeira, uma grave e mal feita brincadeira. E onde estava Flecher? Ele estava ali também? Ai meu Deus, morta! Não, era mentira.
Então pensei... Não, não é mentira, eu me lembro de grandes faróis vindo contra mim, um barulho de ambulância distante, minha mãe gritando e me pedindo pra que fosse forte. E eu não fui.
- Me lembro, mas como isso aconteceu? Ninguém conseguiu salvar minha vida? Fracos! Não foi um acidente tão feio! E eu morri, que ridículo.
- Se acalme, Srta. Jordin, você tem muita coisa a aprender ainda. Se ficar estressada agora, no inicio de sua vida espiritual, vão te fazer dormir até que melhore seu comportamento.
De repente vi um sorriso conhecido. Vinha na minha direção como se estivesse com muita saudade. Logo reconheci, era Jane.
- Não se exalte, querida! Eu vou te ajudar. Pedi aos meus mentores que eu pudesse te acompanhar na sua adaptação, e por eu estar num nível de grande sabedoria, deixaram! Quantas saudades, não me entenda mal, mas, que bom que não demorou a vir!
Jane havia morrido há quase três anos. Nos conhecíamos há muito tempo, e meu coração, minha vida tinha esvaziado muito quando ela se foi.
Fiquei tranqüila. Lembrei de nossos abraços, e de como tudo que havia sentido e passado com ela me fazia falta. Perguntei ao meu mentor se podia me levantar para abraçá-la, e ele nem hesitou ao dizer que sim. Eu a senti. Depois de tanto tempo sem seus beijos, carinhos e afetos, eu senti seu abraço. Aquele corpo caloroso se foi, mas ainda sobrou todo amor que eu sempre senti num simples gesto.
Ela me ensinou tudo. Descobri lugares lindos, onde eu poderia passar as tardes. Me ensinou que no presente eu sentiria fome, mas por causa do psicológico e costume, mas com o tempo eu ia me desligando. Eu teria de vestir roupas, mas era a mesma coisa, depois tudo se tornaria branco, e então eu imaginaria a roupa que quisesse, e eu a veria colorida. Conheci seus amigos, seus mentores, visitei seus familiares, os meus e demos boas risadas.
Depois de um tempo, quase dois anos, ela me veio com noticias não tão agradáveis.
- Minha flor, eu terei de te deixar sozinha. Vou reencarnar, voltar para terra. Não que eu não irei me lembrar de você, mas será difícil. Você terá que me ajudar me fazendo visitas, brincando comigo enquanto eu for criança, tudo bem?
- Você vai me deixar... mas por quem vai me deixar?
- Sua mãe terá um filho, e serei eu. Meu nome será Marie, ela viajou a França e conheceu muitas pessoas, e em especial alguém que contou de você, que contou sobre sua vida aqui, comigo, e logo faleceu. Ela a homenageará.
Me senti um pedaço de papel. Ao mesmo tempo em que era valiosa, não tinha valor nenhum. Eu fui lembrada por tanto tempo por minha mãe e então ela engravidou, sem querer! E minha quase irmã reencarnaria para fazer minha mãe feliz. Porque não eu? Mas eu me sentia bem ali, então deixei que fosse.
E eu a visitava, todas as noites quando ela chorava aos poucos meses de vida. Eu acariciava sua cabeça e pedia para que ela ficasse calma. Eu estava ali, e sempre estaria. Aos quatro anos brincava com ela, via meus pais felizes por ela sorrir a toa e mal sabiam que era pra mim. Na adolescência, ela lembrou-se de mim como sua quase irmã e contou a minha mãe. Ela chorou. Acreditou em Marie mas chorou. E naquela noite sonhou comigo.
Eu a visitei nos sonhos, e lhe acalmei. Disse que estava tudo bem e que Marie era na verdade Jane, que havia reencarnado para fazê-la feliz.
Mamãe acordou sorrindo, e depois de tanto tentar fazer com que Marie me visse, meu mentor me avisou que minha missão foi cumprida, e que agora só voltaria a ver Marie quando ela voltasse ao plano espiritual. E eu esperei, por dias, noites, meses, anos. E espero até hoje.


Amanda Ferreira