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junho 25, 2012

Vida Real

Estude, escolha alguma faculdade, trabalhe, ganhe dinheiro, compre seu carro, encontre sua esposa, tenha filhos, compre uma casa, crie filhos, aposente, vá para o asilo, diga adeus ao mundo.
E desses passos eu já estou farto. Dinheiro já está como vida, vida como tempo, e tempo como dinheiro. Nesse ciclo vicioso, nesse estranho modo "moderno" de viver eu vou tentando fugir. Fugir para dentro de mim, de um modo que ninguém aniquile meus sonhos como fazem com crianças inocentes que sonham em conhecer o misterioso Papai Noel. Fugir dos estranhos pensamentos impostos à sociedade, capitalismo, comunismo, socialismo, anarquismo... Deixamos de pensar no presente pra pensar no futuro, e quando o futuro chega, nos arrependemos de não termos aproveitado nosso passado. Vida, compre, coma, beba, coma, compre, viva, beba. Chega! Amor. Se isso não fosse moda agora, saberíamos o que é sinceridade. Amor, é disso que precisamos. Isso é nossa força. Chega de criticar, comece a amar. Quem ama tudo têm, e quem deseja, nunca está satisfeito.
E há os que vendem o amor. Os que fingem o amor. O amor. Esqueça o mundo, esqueça tudo. Esqueça o amor, ele irá te encontrar.
Largue tudo por ano, viva na praia. Faça o que gosta, viva no campo. Pule de paraquedas. Dance. Corra. Sonhe. Ame.

Marcus James

junho 17, 2012

Chega

      Suas mãos estavam secas, seus olhos ardentes. O elevador chegara ao 13º andar, a porta se abriu e lá estava o seu apartamento com enfeite na porta de flocos de neve e o número 132 pendurado. O coração batia forte, o silêncio fazia o barulho parecer fortes pancadas no sino da igreja. Suas mãos tremiam, estava prestes a fazer algo que poderia mudar sua vida. Apertou a campainha. Ouvia-se passos de alguém correndo e gritos de uma criança: "Eu atendo!". Ao abrir a porta, a criança se assustou, ficou quieta e perguntou para o sujeito em sua porta: "Quem é você?", colocando o dedo na boca e fazendo cara de envergonhado. Sua mãe estava chegando e perguntando quem era para o filho. Quando o viu, sua personalidade mudou, mandou o filho entrar, saiu do apartamento e fechou a porta.
- O que você quer aqui David?
- Vim ver como você está.
- Estou ótima, obrigada, agora pode ir.
- Não posso, não sem você.
- David, não posso deixar meu filho aqui sozinho, ele precisa de mim.
- Sarah, leve-o conosco. Vamos fugir daqui, esta noite.
- David... - Ela o abraçou, pôs sua cabeça em seu ombro, e sua personalidade mudou novamente - Aonde iremos?
- Não importa, venha comigo, traga Michel. Não dá mais pra brincar. - Olhou para Sarah, acariciou-a com seus dedos, e a beijou.

Marcus James