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dezembro 21, 2010

Eclipse

   Minhas costas doem de tanto ficar aqui sentado neste duro sofá. Meus olhos se esquecem de se abrir ao ver a luz do Sol. Meus pés dormentes já estão muito sensíveis para pisar no chão. E meu rosto já não sabe o que é ver um sorriso à muito tempo.
    Olho para a janela, vejo o céu distante, lindo. Simplesmente lindo.
   A minha vontade é de ir lá fora e voar ao horizonte, tentar agarrar todo céu que puder, gritar para as estrelas caírem e fazerem meus pedidos se tornarem realidade, para a Lua não desaparecer mais.
   E hoje, a Lua desaparece. E o meu medo aparece, esse escuro que encobre o mundo sem uma mão para de segurar e uma luz para me dizer aonde ir.
   E quando acho que não vou conseguir mais aguentar, uma estrela aparece ao longe, dando uma mísera luz dizendo para eu continuar, continuar a procurar um lugar estrelado e onde a Lua não se esconda mais.
   Preciso sair desse quarto escuro, sair para procurar um lugar onde eu possa abraçar todo o céu que puder, me saborear com as nuvens, e brincar de fugir dos raios de Sol que tanto me atormentam. Lua por favor, não vá embora tão cedo.

Marcus James

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