Pages

Subscribe:

dezembro 21, 2010

E tudo aquilo que era vazio, foi embora pra não voltar mais!



Eu me lembro de uma época onde eu conheci você, e de como você tornou-se extremamente importante pra mim. Lembro-me de uma época onde eu estava perdidamente apaixonado, onde eu dizia te amar; uma época que eu acreditava que você era o meu “tudo”. Houve uma época onde eu dizia dar a minha vida por você. Eu me lembro de uma época que eu realmente acreditava no amor...
Pois bem, acabou.
Aqui estou, depois de alguns meses após o nosso fim, e bem, eu não consigo ver nada mais. Eu fui virando as páginas, e por fim, resolvi fechar o seu livro, tranquei-o e guardei em um lugar qualquer. Não foi o suficiente. Peguei o livro de volta, destranquei e comecei a rasgar as páginas, não sendo o bastante, comecei a queimá-las. E depois ainda tentei queimar as cinzas. Só sobraram a capa e a contra-capa. E estas, eram as suas pernas; então deixei-as livre para que pudessem ir... Ir para bem longe de mim. E hoje eu vejo o qual farsa tudo foi, o pano preto e branco tingido a colorido, que nos escondia e nos fazia acreditar que havia verdade. Mentira! Mas agora estou bem, estou recuperado, sossegado, este livro já foi exorcizado. Você já se foi para bem longe daqui, e aconteceu exatamente do jeito que eu pretendia: sem lembranças, sem memórias que me fazem rir, sem promessas sem cumprir. Você já não existe mais para mim, e talvez fosse realmente para ser assim, desde o começo. Mas tudo bem, nunca um fracasso não é? Sempre há uma lição. Pois bem, agora questiono-me: como consegui me deixar levar? Como fui deixando me perder. O que era aquilo? Que malditas vendas que não me deixavam enxergar a verdade? As pessoas tinham razão, mas não, eu preferi escutar a mim e à sua maldita escuridão que só me puxava e me arrastava cada vez mais pro fundo. Eu queria poder esquecer, apagar. Mas tudo bem, você já não está mais aqui. Pra nunca mais. O vazio foi levado embora, para sempre. Sem adeus, sem até logos, sem sorrisos, você é o branco, o abismo, sem nada dentro, com nada por fora. Sinto pena de mim por ter vivido tantas mentiras, mas outra vez... Lição. Isto não vai acontecer de novo, não mais. Você só aparece agora, em uma pequena imagem, diante de uma tela e eu não faço mais questão nenhuma de você. Neste túmulo, nada de R.I.P, nada de paz. Isto foi um tumulto, uma grande tragédia. Você foi um erro, um grande e acidental erro.
Pois é, as coisas mudam. Radicalmente e brutalmente, mudam. Houve um tempo em que eu dizia te amar, houve um tempo cheio de ilusões. Houve um tempo onde eu dizia você ser absolutamente tudo para mim, hoje vejo um tempo em que você não passa de nada. Houve um tempo em que eu daria minha vida por você, hoje é um tempo onde não te ofereço nenhum um sorriso mais. Houve um tempo que já se passou, e hoje é um tempo novo, um tempo de libertação.
 

William Balmant

1 comentários:

  1. Eu adorei aqui. Não soube um lugar especifico pra comentar sobre o blog inteiro, então resolvi comentar no ultimo post. É que gostei de verdade de tudo aqui!
    Usei alguns textos no meu tumblr, dando os devidos creditos. Não sabia se tinha algum problema, mais me arrisquei.
    Se quiser da uma passadinha la e olha.
    Beeijos, e parabéns aos tres pelo blog e pelas postagens, *-*

    ResponderExcluir