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janeiro 24, 2011

Labirinto


Eu ouço dizer que devemos correr atrás de nossos sonhos, atrás daquilo que queremos. Mas também ouço dizer que, não devemos torcer pra algo acontecer, ou tentar fazer que aconteça. Vai acontecer quando tiver que acontecer. E caso o contrário, devemos nos conformar, pois simplesmente, não era para ser! Então, eu penso se devo mesmo me conformar com essa história de “não era para ser”, e logo depois como um tiro, me vem à cabeça: E sobre os meus sonhos? Dizem para sempre correr atrás, mas também dizem: não era a hora, não era para ser assim. E como em um labirinto eu fico correndo, tentando encontrar a solução. Quando eu corro demais, e tento demais, eu acabo me entregando demais, logo, sempre sofrendo demais. Quando decido esperar o tempo revelar as coisas, fico impaciente demais, triste demais e um problema: inconformado demais. Será que se eu tivesse ido atrás talvez não desse certo? E se eu tentar fazer acontecer? Mas e se eu ficar parado e somente esperar? “E se... Será que... Mas...” Isto está me matando a cada dia mais! É uma corda que enforca meu pescoço antes que eu possa achar alguma resposta. Sentado no banco, eu vejo o tempo passar e não vejo nada acontecer. Então você me vem à cabeça. E eu fico sentado, esperando para ver se você já está “na hora de acontecer” na minha vida. Eu corro um pouco atrás de você, mas parece que sempre corre mais, então é sempre impossível te alcançar. Corro, tento fazer acontecer. Canso-me, espero. Espero o tempo me dizer se vale a pena, espero ele jogar na minha cara que não devo torcer, ou esperar alguma coisa acontecer. Então, levanto-me e apresso-me. E vivo assim, sentando e correndo atrás de você. Correndo até encontrar uma solução plausível para todo esse sofrimento cansativo. Vivendo entre o esperar do tempo, e o suor de uma corrida sem final.

 

William Balmant

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