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janeiro 03, 2011

Platônico



E o pior de tudo é o corpo, que aqui dorme enquanto o coração bate, em outro lugar. Enquanto o corpo aqui descansa, o coração viaja, pra perto de você. Chora, ri, sente saudades. Saudades do invisível, do irreal. Incrível como ilusões fazem nosso coração pulsar mais rápido, disparando num segundo, alcançando recordes de velocidade. Você sabe que não é real, e ainda sim, mergulha de cabeça. Faz certas loucuras. Se entrega e realmente quer fazer acontecer. Mas a realidade lhe impõe certos quesitos e você não pode cumpri-los. Então você sonha. E se teletransporta no meio da noite, e na madrugada encontro um abrigo na lua, para corações despedaçados como o seu. Um encontro a sós, você e eu. Meu coração grita teu nome, sem ao menos saber pronuncia-lo. E aqui no meu quarto escuro, sozinho desejo um abraço, seu sorriso de perto. Uma palavra de amor. E aqui dentro, uma mão escreve uma canção e um corpo põe a descansar. A mente voa, sonha e se tranqüiliza no seu olhar, um olhar projetado por um jogo de cores. Um olhar nunca olhado nos olhos. E o coração... bem, o coração está ao seu lado, pulsando, rindo, chorando. E embora isso nunca vá acontecer, eu vou continuar a sonhar. Porque mesmo assim, eu consigo me alegrar na mentira.

William Balmant

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