Pensando bem, eu não estava tão apaixonado assim... Seus olhos sem cor, e suas risadas sem graça não me faziam feliz. Seu rosto redondo e obscuro me fazia sentir um estranho prazer que atormentava meu desejo de te beijar infinitamente! Suas mãos brincando com meus dedos, seus pés se prendendo aos meus debaixo da mesa onde almoçávamos... Essas brincadeiras que eu tanto odiava que você fazia, era impossível eu pedir para você parar. Sua voz melodiosa cantarolava enquanto eu estava prestes a dormir. E quando acordava eu via seu olhar coberto por suas pálpebras olhando para mim. E um sorriso um tanto estranho que você esboçava em teu rosto, estava sonhando com algo bom... E ali eu permanecia até você mostrar seus olhos tão insensíveis para mim. E com uma estranha felicidade, você acorda e me pergunta se eu estava te vigiando com um riso extraordinariamente esquisito, e logo após eu responder que estava simplesmente observando suas caretas enquanto você sonhava com seus sonhos tão exuberantes você me abraçava com todo seu prazer e dizia que me amava e me agradecia por estar ali fazendo seu dia valer a pena só por eu ser a primeira coisa que ela viu ao abrir seus olhos...
E eu a abraçava com todo meu amor não existente. Dizia coisas que nunca pensei que iria dizer, e naquele dia algo especial saiu da minha boca, algo que nunca pensei que diria. E naquele dia os estranhos olhos sem cor começaram a ter um brilho eterno, um sorriso amargo se tornou um estranho pequeno mundo com a felicidade escondida de cada amor escondido. Seu beijo me fez acreditar no que transparecia em meus olhos. E de repente me vi apaixonado, mas não tão apaixonado assim... Tá, tá, um pouco mais do que um simples apaixonado.
Marcus James
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